Jogos que não são de terror, mas que são um susto de morte!
Tempos houve em que os videojogos eram uma forma simples de diversão numa tarde chuvosa. Jogos como o Pong, o Frogger e a série Mario propunham ao jogador que alcançasse objetivos simples em mundos alegres e coloridos e a coisa mais assustadora que se podia encontrar eram os fantasmas do Pacman.
Contudo, as coisas começaram a ficar mais assustadoras com a entrada em cena das arrepiantes séries de terror como a Resident Evil e a Silent Hill. Mas os jogos que nos assustavam mais eram normalmente aqueles nos quais confiávamos para nos acalmar. Todos temos medo de um Alone in the Dark ou de um Dead Space, mas e quando é suposto andarmos a pular num jogo de plataforma leve e, de repente, somos apanhados desprevenidos por um salto assustador cruel?
Com o Halloween mesmo aí à porta, está na altura de apontar o dedo a estes jogos insidiosos que não tinham o direito de nos aterrorizar desta forma. Portanto, peguem nas lanternas e nos crucifixos e tenham cuidado para não se afastarem enquanto viajamos pelos salões assombrados de jogos supostamente seguros.
Conteúdo:
- Minecraft
- The Legend of Zelda: Majora’s Mask
- Metal Gear Solid 2
- Portal
- Red Dead Redemption 2
- Minecraft
Os leigos podem zombar desta escolha e perguntar-se como é que alguém poderia ter medo de um jogo de crianças como o Minecraft, com o seu mundo fofinho em blocos, jogo de construção simplista e banda sonora tranquilizante. Bem, deixem que vos diga, este jogo não é para medrosos. Esperem até se verem perdidos no fundo de um sistema de grutas, com uma só tocha de sobra e rodeados de escuridão opressora por todos os lados.
A banda sonora alterou-se de alegre e calma para ameaçadora e agourenta, e subitamente ouve-se o inconfundível silvo de um rastejador momentos antes de sermos desfeitos em pedaços. É suficiente para transformar o aventureiro mais corajoso num caco trémulo, principalmente se anteriormente se tiver esquecido de descarregar todos os seus diamantes numa arca.
- The Legend of Zelda: Majora’s Mask
O Majora’s Mask é considerado por muitos como o melhor jogo de todos os tempos e, quando foi inicialmente lançado para a Nintendo 64, conseguiu viciar os todos os miúdos da década de 1990 com a sua história épica e desafiante. No entanto, a história em si era desconcertante, particularmente para os jovens jogadores que queriam uma aventura do género “herói que salva a princesa”.
Centrava-se num apocalipse iminente com a lua a avançar em direção à Terra, visivelmente cada vez mais perto no céu ao longo do jogo. E o mais assustador de tudo era a aparição da referida Lua, com os seus olhos grandes e inertes e sorriso perturbador cheio de dentes. Porque é que um pedaço de pedra (ou de queijo, segundo Wallace e Gromit) cheio de crateras estaria tão contente por causar o fim do mundo?
- Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty
A série Metal Gear Solid é conhecida pelos seus enredos complexos, personagens bizarras e jogo épico furtivo/de ação, mas o Sons of Liberty elevou as coisas a um outro nível no capítulo final. Na parte final da missão de Raiden a bordo de uma plataforma petrolífera, os programadores decidiram lançar um ataque total ao nosso sentido de realidade.
O jogador circula nu e sem armas e é avisado pelas outras personagens do jogo, que lhe dizem “Turn the game console off, right now!” e “You’ll ruin your eyes playing so close to the TV”. Isto apanhou a maior parte de nós completamente desprevenidos e é um grande candidato ao título da quebra da quarta parede mais desconcertante do gaming. A estocada final acontece quando Colonel diz “You have played the game for a long time, don’t you have anything else to do with your life?”. Hum, claramente não, mas essa era desnecessária.
- Portal
Este lançamento antecipado para Xbox 360 vinha no pacote da Orange Box, juntamente com o Team Fortress 2 e o Half Life 2 e foi-nos vendido como sendo um jogo de enigmas inovador, mas relativamente simples, que envolvia, tal como o nome indica, portais. A princípio, como é o caso, o jogador deambula alegremente por uma série de salas diferentes enquanto brinca com Companion Cubes e gravidade e tentam resolver alguns cenários levemente desafiantes.
Contudo, à medida que o jogo progride, o jogador desce ainda pela toca do coelho abaixo e a história do jogo sofre uma viragem muito inesperada e surpreendentemente negra. Após alguns desafios particularmente perigosos, o antagonista GlaDOS tenta matar o jogador, e quando consegue escapar descobre que foi este o destino de todos os sujeitos de teste anteriores. A horripilante secção final do jogo é a mais inquietante devido à sua chegada inesperada e pelo graffiti rabiscado à pressa com o aviso “The cake is a lie!”.
- Red Dead Redemption 2
O Red Dead Redemption 2 é um jogo de aventura de pistoleiros visualmente estonteante com elementos de RPG, mas nisso não impediu que a Rockstar Games lhe conferisse uns salpicos de momentos de terror para assustar o jogador enquanto este tenta desfrutar do cenário deslumbrante.
Alguns dos destaques assustadores incluem um encontro noturno com um crocodilo enorme num pântano enevoado, um confronto com um vampiro real nos becos obscuros de Saint Denis, um suplício horroroso que envolve um par de saloios incestuosos numa quinta de suinicultura remota e o fantasma de uma jovem mulher que guia o jogador até à árvore onde se enforcou, caso este inicie uma conversa com ela. Afinal o Oeste não era apenas selvagem, também era bastante assustador!