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1xBit Team
2023-03-21 13:22:00

“You want S.T.A.R.S.? I’ll give you Stars!” Uma viagem pelo passado do Resident Evil!

A não ser que tenha estado a viver numa gruta durante os últimos 30 anos, é muito provável que já tenha jogado pelo menos um jogo Resident Evil. Desde os seus primórdios em 1996, o primeiro franchise de terror da Capcom não só se tornou um verdadeiro colosso do gaming, dando origem a mais sequelas do que se possa imaginar, mas também se expandiu para outras formatos, como os filmes de ação fotorrealistas, filmes de animação, séries de televisão, livros de banda desenhada e romances.

Portanto, com mais um remake do Resident Evil a chegar às nossas prateleiras, achámos que não havia melhor altura que esta para recordar os jogos bons, maus e péssimos que este franchise nos proporcionou nos últimos 27 anos.

Conteúdo:

  1. Resident Evil Remake
  2. Resident Evil 2
  3. Resident Evil Survivor
  4. Resident Evil 7: Biohazard
  5. Umbrella Corps

 

Resident Evil Remake

Esta semana começamos onde tudo começou (bem, mais ou menos) com um remake do primeiro jogo Resident Evil, que foi lançado para a GameCube em 2002.

Embora a Capcom inicialmente apenas planeasse fazer atualizações aos gráficos e uns pequenos ajustes ao jogo, à medida que a data de lançamento se aproximava decidiram fazer alterações mais substanciais ao jogo original.

Embora esta estratégia pudesse ter corrido mal, os aperfeiçoamentos à gestão dos recursos, assim como a introdução de uma mecânica de combate melhorada, novas ameaças aterradoras sob a forma de zombies Crimson Head e o conteúdo não disponível no jogo original, ou seja, o subenredo Lisa Trevor, inspiraram uma nova vida neste jogo conferindo mais profundidade a toda a experiência.

Se adicionarmos a isso os novos aspetos visuais melhorados que tornaram a Spencer Mansion num lugar verdadeiramente assustador, em que o perigo parecia espreitar praticamente a cada esquina, é fácil perceber porque é que este remake foi um êxito tão esmagador.

Por falar nisso, em 2014 foi lançada uma remasterização HD deste jogo para PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One, que também se revelou bastante popular entre os gamers e os críticos.

 

Resident Evil 2

Posto isto, o remake do Resident Evil de 2002 não foi o jogo que provou que este franchise estava longe de ser um one-hit wonder, pois essa honra pertence ao Resident Evil 2 de 1998, que pegou em tudo de bom do jogo original e elevou-o ao máximo mudando a ação do ambiente sufocante da Spencer Mansion para uma cidade extensa sob cerco devido à chacina dos mortos-vivos.

Não é preciso dizer que os resultados foram assombrosos. Na verdade, não há dúvida que pode dizer-se que este título foi mais importante no desenvolvimento do franchise do que o seu antecessor ao estabelecer vários precedentes para os futuros títulos Resident Evil, tais como a adição de uma campanha principal com diferentes personagens com um arco narrativo divergente, cada uma delas capaz de nos deixar completamente envolvidos.

Tendo tudo isto em conta, não é de espantar que um remake do Resident Evil 2 tenha visto a luz do dia em 2019.

 

Resident Evil Survivor

Viramos agora a nossa atenção do sublime para o verdadeiramente mau com o terceiro título desta semana, o Resident Evil Survivor, lançado em 2000.

Embora a ideia por detrás do jogo, ou seja, combinar uma boa dose de terror arrepiante ao estilo Resident Evil com de FPS ao ritmo rápido do Time Crisis /ação de tiro ligeira, fosse boa em teoria, a execução foi verdadeiramente terrível, uma vez que o ritmo lento do jogo entrava em conflito com a ação crua e muito rápida que normalmente associamos aos jogos de tiro ligeiros.

Além disso, a versão norte-americana deste jogo sofreu muito devido à retirada do apoio para armas leves. Embora fosse completamente compreensível devido às tensões na sociedade americana que na altura se encontrava no rescaldo do massacre em Columbine, isto fez com que a versão norte-americana fosse, nas palavras de um crítico, “um jogo de armas sem armas”.

 

Resident Evil 7: Biohazard

Embora o Survivor fosse um pouco fraco, isso não significa que a adoção do ponto de vista da primeira pessoa não pudesse funcionar num jogo Resident Evil como Resident Evil 7: Biohazard demonstra.

A pressão sobre a Capcom relativamente ao Biohazard era muita, uma vez que o jogo principal deste franchise, o Resident Evil 6 foi uma desilusão total, o que fez com que muitos achassem que o Resident Evil tinha posto um ponto final no que respeitava a novos jogos.

Felizmente para a Capcom, o Biohazard foi um sucesso, estabelecendo uma nova era para este franchise tão adorado, num regresso às suas raízes de terror de sobrevivência. Além disso, a mudança para uma perspetiva na primeira pessoa contribuiu para uma experiência ainda mais aterradora, adicionando a possibilidade de jogar com óculos de RV.

 

Umbrella Corps

Já vos mostrámos os bons, os maus e agora está na altura de terminar com o verdadeiramente péssimo: o Umbrella Corps de 2016, um jogo spinoff de tiro tático de multijogador que contava com (isso mesmo) hordas de zombies.

Embora possa não parecer assim tão mau em teoria, este jogo não trouxe propriamente nada de novo. Além disso, também atraiu críticas por se distanciar demasiado da fórmula tradicional do Resident Evil, tanto que que um crítico afirmou que era “uma adição sem sentido para o franchise”.

Posto isto, e com a prevalência de outros títulos muito melhores deste género, não foi surpreendente para ninguém que o Umbrella Corps tivesse sido um grande fracasso.