SegWit: uma forma melhor de transferir Bitcoin

A adoção massiva da Bitcoin e de outras criptomoedas resultou, em geral, num aumento substancial nos custos de transação e no tempo de processamento. Contudo, existe uma solução que permite que os nossos jogadores enviem BTC com menos complicações, o SegWit.
Provavelmente já ouviu falar do SegWit, o soft fork da Bitcoin que foi criado com o objetivo de melhorar a eficiência das transações com Bitcoin. Através do SegWit, os clientes do 1xBit podem levantar ou enviar com facilidade as moedas obtidas através de apostas desportivas ou a jogar no nosso casino online para outros endereços de criptocarteiras que suportam este formato específico. Contudo, há algumas complexidades associadas a este processo, que achamos que deve conhecer de forma a evitar perder os fundos que tanto lhe custaram a ganhar.
SegWit significa Segregated Witness, é um upgrade do protocolo da Bitcoin que foi apresentado pela primeira vez em 2015 por Pieter Wuille e pela equipa de programadores da Bitcoin como a solução para o problema da escalabilidade. As melhorias na escalabilidade são conseguidas através da reorganização dos dados do bloco até ao ponto em que a assinatura já não é necessária durante o processamento e armazenamento dos dados da transação. Isto resulta em transações de Bitcoin muito mais rápidas e baratas no SegWit.
É da maior importância que aqueles que pretendem levantar BTC do 1xBit através do SegWit se lembrem de que os levantamentos só podem ser efetuados para plataformas e carteiras digitais que suportem este formato. Caso contrário, os fundos perder-se-ão para sempre. Portanto, tenha muito cuidado ao enviar BTC do 1xBit, uma vez que nem todas as carteiras suportam os 3 formatos seguintes:
- O endereço Bitcoin Legacy (P2pKH) pertence à rede Bitcoin original, daí o nome Legacy. Lembre-se que todos estes endereços começam por “1”;
- A SegWit (P2SH) é uma rede multifuncional que suporta todas as transações de BTC, incluindo as realizadas através do SegWit. Os endereços nesta rede começam por “3”;
- O Native SegWit (bech32) é o tipo de endereço BTC que deve escolher para transações mais baratas e mais rápidas. Repare que estes endereços começam por “bc1”.
É possível transferir BTC de um endereço Legacy para um endereço SegWit?
A ativação do SegWit na rede Bitcoin ocorreu como um soft fork, a alteração do protocolo da criptomoeda em que tanto a versão nova da moeda como a antiga mantiveram a compatibilidade regressiva. Isto significa que é possível transferir facilmente fundos de um endereço Legacy para um endereço SegWit.
Ao nível da blockchain, não há uma verdadeira diferença entre os formatos dos endereços referidos. Contudo, na prática, podem ocorrer complicações quando um utilizador tenta enviar fundos do seu endereço Legacy (1-) que foi gerado, por exemplo, numa plataforma de câmbio de criptomoeda para um endereço bc1 e a plataforma não suporta o novo formato do endereço. Neste caso, seria melhor usar o endereço P2SH (3-), que poderá ser menos eficiente do que o bc1- mas, ainda assim, mais avançado do que um endereço Legacy. Não deverá haver complicações ao enviar fundos na direção oposta: de um endereço bc1 para um endereço Legacy.
O 1xBit suporta levantamentos de BTC para todos os tipos de endereço: 1-, 3- e bc1. Se deseja levantar moedas para um endereço bc1, certifique-se antecipadamente de que a carteira/bolsa/plataforma para onde tenciona enviar o dinheiro suporta transações de BTC de endereços 1- , 3- e bc1.
Que criptomoedas, além da BTC, das que estão disponíveis para depósito/levantamento no 1xBit utilizam a atualização de protocolo SegWit?
Litecoin (LTC), DigiByte (DGB), Quantum (QTUM).
Litecoin (LTC)
A rede Litecoin utilizou tradicionalmente endereços L (P2pKH). Isto significa que os endereços datados começavam por “L”.
Com a incorporação do SegWit, o formato dos endereços do SegWit na rede Litecoin foi retificado. Atualmente, o novo formato desses endereços implica que estes comecem por “3” (P2SH).
Contudo, o formato renovado dos endereços LTC causaram um problema desde os endereços utilizados na rede Bitcoin, que também incorpora o SegWit, também com “3”. O resultado foram algumas situações difíceis em que os utilizadores enviaram LTC para endereços Bitcoin resultando numa perda permanente de fundos.
Para eliminar este problema, a Fundação Litecoin teve de fazer um upgrade que resultou na alteração da primeira letra nos endereços Litecoin SegWit para “M”.
Se receber uma mensagem de erro ao utilizar uma plataforma de câmbio ou uma carteira fria, que diz que o endereço que começa por “M” não é válido, pode levantar os fundos para o endereço P2SH que começa por “3”.
Os endereços iniciados por “3” são os endereços iniciados por “M”, é por isso que o saldo será exibido na mesma carteira e no mesmo endereço. Usar o endereço “3” é basicamente o mesmo que usar um pseudónimo.
- Copie o seu endereço “M” para onde gostaria de levantar LTC;
- Aceda a https://litecoin-project.github.io/p2sh-convert/, um conversor gratuito recomendado pelo Trezor para este tipo específico de transações;
- Envie um pequeno montante em LTC para o seu endereço 3- e certifique-se de que a transação é efetuada com sucesso;
- Se a transação experimental for concluída, pode transferir os fundos restantes.
Os endereços ltc1 (bech32) são os endereços SegWit designados do padrão Bech32.
Como transferir LTC entre endereços de formatos diferentes?
- Pode enviar LTC de endereços L- para endereços M- e vice-versa;
- Também pode enviar moedas do endereço ltc1 para endereços L- ou M(-3-);
- Mas deve saber que várias carteiras/bolsas não incorporaram o padrão bech32, portanto, não envie Litecoin de endereços L- ou M- (3-) para um endereço ltc1 sem confirmar se a bolsa/carteira/plataforma suporta o upgrade do SegWit. Caso contrário, arrisca-se a perder os seus fundos de forma permanente.
A plataforma 1xBit suporta o levantamento de LTC para endereços dos tipos: L-, M-(3-) e ltc1-. Se tenciona levantar fundos para o endereço ltc-, certifique-se de que a carteira/bolsa/plataforma de destino suporta transações de LTC a partir de endereços L- e M-(3-) para um endereço ltc-.
DigiByte (DGB)
- Legacy (P2pKH): o antigo endereço desta rede começa por “D”. É o formato original do endereço DigiByte;
- SegWit (P2SH): os endereços SegWit começam por “S”. O upgrade do SegWit oferece taxas de rede mais baixas e acelera o processo de assinatura da transação através de carteiras frias e permite a implementação de soluções da camada -2 como a Lightning Network.
- Native SegWit (bech32): os endereços exclusivos do SegWit que começam por “dgb1”. Estes endereços oferecem uma melhor proteção contra erros tipográficos e tornam as transações mais baratas.
Como enviar DGB entre formatos de endereços diferentes?
- Pode enviar DGB de endereços D- para endereços S- e vice-versa;
- Também pode enviar as moedas DGB do endereço dgb1 para endereços D- ou S-;
- Contudo, lembre-se que várias carteiras/bolsas não incorporaram o padrão bech32, portanto, não envie DGB de endereços ou D-/S- para um endereço dgb1 sem confirmar se a bolsa/carteira/plataforma suporta o upgrade do SegWit. Caso contrário, arrisca-se a perder os fundos de forma permanente.
A plataforma 1xBit suporta o levantamento de DGB para endereços dos tipos: D-, S- e dgb1-. Se tenciona levantar fundos para o endereço dgb-, certifique-se de que a carteira/bolsa/plataforma de destino suporta transações de DGB a partir de endereços D- e S- para um endereço dgb-.
Quantum (QTUM)
- Legacy (P2pKH): o antigo endereço começa por “Q”. É o formato desatualizado do endereço QTUM;
- SegWit (P2SH): os endereços SegWit na rede QTUM começam por “M”. O upgrade do SegWit oferece taxas de rede mais baixas e acelera o processo de assinatura da transação através de carteiras frias e permite a implementação de soluções da camada -2 como a Lightning Network.
- Native SegWit (bech32): os endereços nativos do SegWit começam por “qc1”. Estes são os endereços exclusivos do SegWit que incorporam upgrades de segurança.
Como enviar QTUM entre formatos de endereços diferentes?
- Pode enviar QTUM de endereços Q- para endereços M- e vice-versa;
- Também pode enviar QTUM do endereço qc1 para endereços Q- ou M-;
- Contudo, várias carteiras/bolsas não reconhecem o padrão bech32, portanto, não envie QTUM de endereços ou Q-/ M- para um endereço qc1 sem confirmar se a bolsa/carteira/plataforma suporta o upgrade do SegWit. Caso contrário, arrisca-se a perder os fundos de forma permanente.
A plataforma 1xBit suporta o levantamento de QTUM para endereços dos tipos seguintes: Q-, M- e qc1-. Se tenciona levantar fundos para o endereço qc-, certifique-se de que a carteira/bolsa/plataforma de destino suporta transações de QTUM a partir de endereços Q- e M- para endereços qc1-.
Conclusão
Posso enviar outras criptomoedas além de Bitcoin para um endereço SegWit?
Não, enviar ativos que não sejam BTC para um endereço SegWit resultará numa perda de fundos.
É possível usar um endereço nativo do SegWit para enviar BTC, LTC, DGB, QTUM do 1xBit para o endereço Legacy?
É possível fazê-lo desde que o SegWit seja compatível regressivamente com os endereços BTC/LTC/DGB/QTUM mais antigos, mas certifique-se de que a carteira para onde tenciona enviar as moedas suporta o formato SegWit nativo (bech32) e que suporta transações de endereços Legacy (P2pKH) / SegWit (P2SH) para endereços SegWit (bech32).