Os motores já estão a aquecer para o campeonato! O que 2022 nos reserva enquanto adeptos de F1?

Fãs de automobilismo! Liguem os vossos motores e preparem-se para um passeio em uma montanha-russa, uma vez que outra temporada emocionante de ação automobilística, rica em octanas, está mesmo ao virar da esquina. Na sequência da que foi, seguramente, a corrida pelo título mais renhida que vimos em anos, com um final dramático, verdadeiramente digno de uma grande produção de Hollywood, as expetativas em relação à próxima temporada de Fórmula 1 são elevadíssimas neste momento.

É claro que, com o advento de uma nova temporada, há uma série de questões colocadas pelos adeptos de F1 em todo o mundo. Conseguirá Hamilton obter a sua vingança sobre Verstappen após ter falhado, cruelmente, a oportunidade de se tornar recordista, com o 8.º Campeonato de Pilotos? Será que algum outro construtor, para além da Mercedes e da Red Bull, lutará pelo título? Quem substituirá Nikita Mazepin na Haas?

Com tudo o que foi referido em mente, não há altura melhor do que esta para ver o que 2022 nos poderá reservar enquanto fãs de Fórmula 1.

O campeão

Evidentemente, o que mais chama a atenção dos fãs de Fórmula 1 em todo o mundo é a corrida pelo título de campeão mundial, devido à competição acesa entre os arquirrivais Max Verstappen e Lewis Hamilton.

Seria o eufemismo do século dizer que Verstappen libertou a mão de ferro que Hamilton tinha sobre o Campeonato de Pilotos em circunstâncias controversas no Grande Prémio de Abu Dhabi no ano passado, vencer parece ser algo natural para ele e estará, sem dúvida, ansioso por se estabelecer como a força dominante no desporto após ser coroado como o primeiro piloto não Mercedes a vencer o campeonato mundial de pilotos desde Sebastian Vettel em 2013.

Uma coisa é certa, a Red Bull está excecionalmente confiante da capacidade do holandês em levar a escuderia a outro sucesso, após o terem recompensado pelo seu histórico triunfo com uma nova grande extensão de contrato, que, segundo rumores, tornou Verstappen no atleta holandês mais bem pago de todos os tempos.

O adversário

Dito isto, nem a Red Bull, nem Verstappen terão quaisquer ilusões de que será fácil revalidar o título esta temporada, pois tanto a Mercedes como Lewis Hamilton mal podem esperar por mostrar a todos quem é que manda. Embora as feridas do Grande Prémio de Abu Dhabi do ano passado ainda estejam abertas quer para Hamilton, quer para a sua equipa (como ficou evidente por uma recente declaração pública de Toto Wolff, o chefe da escuderia, em que referiu que nunca mais falaria com o antigo diretor de corridas da F1 Michael Masi), certamente que não faltará confiança ao britânico para enfrentar a nova temporada.

O piloto, sete vezes campeão do mundo, foi citado recentemente como tendo dito que as Flechas de Prata “não cometem erros”. Hamilton também ignorou as sugestões de que o domínio da Mercedes quanto ao Campeonato de Construtores pode estar a chegar ao fim, realçando o facto de que ganharam 8 títulos de forma consecutiva.

Além do mais, pode-se ainda argumentar que existe motivos suficientes para tal otimismo. Afinal, Hamilton sabe o que é preciso para vencer e a Mercedes superou, recentemente, a competição na primeira ronda de testes em Barcelona, com os pilotos da escuderia a terminarem com o primeiro e segundo melhores tempos, seguidos, exatamente, pelos carros da Red Bull.

A questão é: será que o principal piloto da Mercedes tem o que é preciso para ultrapassar Schumacher no número de campeonatos?

Possíveis surpresas

Falando de Schumacher, a sua antiga equipa poderá ver 2022 como a oportunidade de se reafirmar como uma força a ter em conta nas pistas dos circuitos. A Ferrari pôs um ano de 2020 realmente abaixo do esperado para trás das costas na última temporada ao classificar-se em 3.º lugar no Campeonato de Construtores, e muitos dos Tifosi esperam que Charles LeClerc e Carlos Sainz Jr. possam recapturar alguma da glória do início dos anos 2000 quando o Cavallino Rampante dominou o desporto, graças ao lendário Michael Schumacher.

Dito isto, apesar das grandes expectativas com que praticamente todos os pilotos da Ferrari têm de lidar, tanto LeClerc como Sainz Jr. não têm, até ao momento, convencido em relação ao que são capazes de fazer. Uma vez que apenas ganharam 2 Grandes Prémios entre eles, parece que uma corrida a três pelo título de construtores poderá estar demasiadamente distante para a Ferrari neste momento.

Quem será o substituto?

Finalmente, terminamos esta semana com outra questão pertinente que tem dado que pensar a todos os fãs de automobilismo em todo o mundo: quem substituirá Nikita Mazepin na Haas? O russo viu recentemente o seu contrato terminado, uma vez que a Haas cortou os laços com o piloto e o patrocinador Uralkali, uma empresa fabricante de fertilizantes de potássio, em que o pai de Mazepin é um acionista maioritário, como resultado dos recentes eventos trágicos na Ucrânia.

Embora isto tenha, como seria de esperar, despertado uma resposta irritada de Mazepin, a corrida para o substituir na Haas já começou, pois o início da temporada está cada vez mais próximo. Apesar do piloto de reserva Pietro Fittipaldi ter sido encarregue de o substituir para a ronda final de testes no Barém, ele não é um nome considerado para assumir o cargo permanentemente, enquanto a Haas, supostamente, elaborou uma lista restrita de três pilotos para a vaga.

Quem substituirá Mazepin permanentemente? Só o tempo dirá.