“...the winner takes it all!” Aquilo que deu que falar na Eurovisão 2023.
E, num piscar de olhos, já terminou! A expetativa alcançou proporções gigantescas na antecipação da extravagância de cantoria do sábado passado com os fãs de música em toda a Europa a aguardarem em apneia o momento em que saberíamos quem iria ser coroado o rei/rainha da canção da Europa.
Felizmente, a Eurovisão conseguiu verdadeiramente criar um ambiente eclético na M&S Bank Arena de Liverpool, apresentar mais atuações hilariantemente pirosas do que se possa imaginar e, ainda assim, uma disputa pelo grande prémio em que a Suécia teve de enfrentar dois grandes desafios, a Finlândia e Israel, para conseguir chegar à vitória.
Portanto, com este acontecimento ainda fresco nas nossas memórias, achámos que era a altura ideal para recordar tudo aquilo que a Eurovisão 2023 teve para nos oferecer.
Conteúdos:
1. Mamma Mia! A Suécia ganhou novamente
2. Cha Cha Cha…Cha Cha Cha
3. A Croácia atinge níveis máximos de tontice!
4. Um dia igual aos outros para o Reino Unido
5. O último lugar para os alemães!
Mamma Mia! A Suécia ganhou novamente
Dizem que a história se repete e se pensarmos no passado sábado, parece ser verdade, pois tal como 2012, Loreen sentiu o doce sabor da vitória na Eurovisão mais uma vez.
O peso da expetativa foi muito para a sueca no período que antecedeu ao festival, com especialistas e agentes de apostas a indicarem a sua canção “Tattoo” como a favorita para ganhar. A vitória parecia garantida quando chegaram os votos do júri, uma vez que a Suécia arrecadava 12 pontos vindos de todas as direções.
Posto isto, a tensão começou a aumentar quando chegaram os votos dos telespetadores, pois a Finlândia e Israel começaram a obter boas pontuações e retiraram Loreen do poleiro no topo da tabela.
Porém, felizmente Loreen conseguiu votos suficientes nos televotos para ultrapassar a Finlândia, levar para casa o grande prémio e garantir que a Eurovisão volta à Suécia para o 50.º aniversário da famosa vitória dos ABBA em 1974.
Cha Cha Cha…Cha Cha Cha
Embora a Finlândia não tenha conseguido ganhar a Eurovisão desta vez, conseguiu conquistar os nossos corações. Käärijä estava entre os favoritos para ganhar antes do início do festival e certamente não desiludiu com uma atuação movimentada e deliciosamente bizarra que pôs o público a cantar com ele, encapsulando tudo o que torna a Eurovisão fantástica.
Consegue afirmar com honestidade que não fez uma mini-imitação da “Cha Cha Cha” nos últimos dias? Nós não, pois esta música não nos vai sair do ouvido durante bastante tempo!
A Croácia atinge níveis máximos de tontice!
Por falar em participações gloriosamente "Eurovisão", outro grande candidato para "melhor do resto" seria a participação da Croácia, com os veteranos do shock rock Let 3 a impressionarem tanto a arena como os votantes.
Com uma melodia cativante, figurinos ridiculamente exagerados e uma encenação que até os Spinal Tap teriam inveja, esta foi uma atuação que ficará definitivamente na história da Eurovisão como um clássico de culto.
Um dia igual aos outros para o Reino Unido
Em 2022, o Reino Unido regressou em grande estilo, com Sam Ryder a banir as memórias do miserável resultado de 2021 de "zero pontos", terminando em 2.º lugar com uma interpretação de "Space Man", o que significou que o Reino Unido seria o anfitrião da edição deste ano do concurso, uma vez que a Ucrânia, vencedora, não o pôde fazer devido ao conflito militar em curso no país.
No entanto, aqueles que esperavam uma repetição do sucesso de Ryder no ano passado acabaram por ficar desiludidos, uma vez que "I Wrote a Song", de Mae Muller, acabou por ficar em 25.º lugar, com apenas 24 pontos, dos quais apenas 5 vieram do televoto.
O último lugar para os alemães!
Por último, mas não menos importante, um grupo que certamente ficará amargamente desapontado com a sua quota-parte de votos na Eurovisão deste ano serão os alemães Lord of the Lost, que ficaram em último lugar, com apenas 18 pontos.
Na verdade, ainda estamos a pensar como é que o diabólico "Blood & Glitter" não conseguiu mais pontos, uma vez que tinha tudo o que se quer de um êxito da Eurovisão: fatos brilhantes, palhaçadas excêntricas em palco e um refrão cativante.
Talvez tenha sido o riff pesado que provou ser a sua ruína nesta ocasião?