5 momentos icónicos da história dos Jogos Olímpicos de Inverno
Depois de sentirmos toda a emoção dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, aqui na 1xBit, decidimos fazer uma retrospetiva de alguns dos momentos mais icónicos das edições anteriores, para percebermos que momentos poderão ser os próximos a entrar nos livros de história.
Índice:
- Torvill e Dean
- Steven Bradbury
- Equipa Jamaicana de Bobsleigh
- Shaun White
- Ester Ledecká
Torvill e Dean
Em 1984, Jayne Torvill e Christopher Dean, da Grã-Bretanha, causaram surpresa geral ao obter a maior pontuação da história na prova de patinagem artística. Para muitos, a peça musical que usaram, chamada Bolero, hoje em dia é mais associada às duas estrelas da patinagem do que ao seu compositor, Ravel. A dupla captou na perfeição a graça e fluidez da peça musical no gelo, obtendo pontuações máximas dos juízes pela impressão artística. Curiosamente, o Bolero é uma peça que costuma durar 15 minutos. Imagine como ficaria com a cabeça a andar à roda se passasse tanto tempo a dar saltos e piruetas!
Afortunadamente, um compositor inteligente conseguiu reduzir a peça para 4 minutos e meio. Mas ainda assim, continuava a ser demasiado longa, tendo em conta o limite de 4 minutos estabelecido para a prova. Determinados a usar a peça, Torvill e Dean passaram o livro de regras a pente fino e descobriram que os 4 minutos começavam a contar apenas a partir do momento em que os patins dos atletas tocavam no gelo. E foi assim que nasceu a imagem icónica de Torvill e Dean, a iniciarem a primeira parte da sua atuação de joelhos.
Voltando ao presente, em 2022, o Bolero fez novamente história, com a atleta russa Kamila Valieva, de 15 anos, a tornar-se na primeira patinadora artística a conseguir realizar um salto quádruplo nos Jogos Olímpicos, também ao som desta peça musical.
Steven Bradbury
Em 2002, Steven Bradbury obteve uma das vitórias mais surpreendentes na história dos Jogos Olímpicos de Inverno. O australiano estava longe de ser um dos favoritos antes do início da competição, em Salt Lake City. Ele conseguiu qualificar-se para a final com grandes dificuldades, após outro concorrente ser desqualificado nos quartos de final e de, na meia-final, a maioria dos seus adversários ter caído e sido eliminada.
Depois disso, na final, assistimos a 4 dos segundos mais caóticos da história do desporto. À medida que os atletas se aproximavam da última curva da corrida, Bradbury estava em último lugar, mas uma queda coletiva envolvendo todos os atletas à sua frente fez com que apenas tivesse de cruzar a meta para se sagrar campeão. Foi uma corrida catastrófica, mas ao mesmo tempo incrível: a combinação perfeita de uma história de alguém que vence contra todas as probabilidades e de um final dramático, criando um momento verdadeiramente icónico.
Equipa Jamaicana de Bobsleigh
Sabemos que um momento é icónico quando um dos maiores estúdios de cinema do mundo, a Disney, decide fazer um filme baseado na história. O filme “Jamaica Abaixo de Zero” é inspirado na história verdadeira da equipa jamaicana de bobsleigh, composta por quatro atletas, que competiu nos Jogos Olímpicos de Inverno de Calgary, em 1988. Tendo em conta que as praias soalheiras da Jamaica não são propriamente a primeira coisa que vem à cabeça quando pensamos nos Jogos Olímpicos de Inverno, a equipa jamaicana de bobsleigh conquistou corações por todo o mundo, representando a história clássica de quem luta contra todas as probabilidades. O legado da equipa continua bem vivo e a Jamaica foi representada pela primeira equipa feminina de bobsleigh nos Jogos Olímpicos de 2018.
Shaun White
Shaun White é o rosto do snowboarding olímpico, tendo conquistado 3 medalhas de ouro na prova de half-pipe. É difícil reduzir a sua carreira recheada de sucessos a apenas um momento, mas se tivéssemos de escolher um, seria a sua vitória nos Jogos Olímpicos de Vancouver. Depois de conquistar o ouro em 2006, White era o favorito em 2010 e não deixou os seus créditos por mãos alheias. Ele deixou os restantes atletas a uma distância enorme da sua extraordinária pontuação e, como se isso não bastasse, conseguiu fazer uma das acrobacias mais espetaculares jamais vistas em competição, chamada um “double McTwist 1260” (ou como White lhe veio a chamar, “O Tomahawk”). O “tomate voador” conquistou a sua reputação como um dos maiores atletas de todos os tempos.
Ester Ledecká
Com Ledecká a acabar de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, vamos recordar como saltou para a ribalta, em 2018. Todos conhecemos alguém que na escola era bom em tudo e Ester Ledecká é esse tipo de pessoa. Em 2018, ela tornou-se a primeira atleta de sempre a conquistar o ouro em dois desportos diferentes nos mesmos Jogos Olímpicos.
Ester Ledecká é campeã do mundo de snowboarding, mas fez a sua primeira aparição nos Jogos de PyeongChang na prova de esqui Slalom Super Gigante. Chegou à competição no 49.º lugar do ranking mundial, uma atleta praticamente desconhecida e acabou por sagrar-se campeã olímpica, deixando a segunda classificada a apenas 0,01 segundos.
Ledecká ficou tão chocada como o resto do mundo. Num vídeo fantástico, ela fica sem palavras depois de cruzar a meta. Como se não bastasse essa vitória impressionante, ganhou a sua segunda medalha de ouro sete dias depois, na prova de slalom gigante paralelo em snowboard. Uma atleta simplesmente insaciável!
