5 Participações da Eurovisão que primeiro estranhámos, mas depois adorámos.
Os fãs da música pirosa por essa Europa fora (e sempre em crescimento a nível global) têm este mês motivos para celebrar novamente, após terem suportado mais de um ano sem a sua dose habitual de Europop. Alguns podem até afirmar que o regresso de um evento importante como a Eurovisão é sinal de que o mundo está a voltar, lentamente, ao normal. Embora, neste caso, “normal” possa não ser exatamente a palavra mais apropriada para descrever uma competição cujo palco, ao longo dos anos, já recebeu monstros que tocam heavy metal, um homem numa roda de hamster gigante e um fantoche turco, e onde alguns deles até venceram.
A Eurovisão pode ser uma plataforma para artistas extremamente talentosos, como Mahmood em 2019, ou Loreen em 2012, mas normalmente são as participações mais estranhas que roubam as luzes da ribalta. Algumas participações são, sejamos sinceros, bastante terríveis ou pouco memoráveis, mas ocasionalmente aparece aquela participação que, apesar de estranha, não conseguimos evitar trautear e cuja imagem de um homem de meia-idade vestido de travesti prateado dos pés à cabeça, nos fica na memória durante anos.
Por isso, vamos revisitar algumas das participações que se tornaram tesourinhos e que, de tão estranhas, acabámos por adorá-las.
Tabela de conteúdos:
- Verka Serduchka
- Scooch
- Lordi
- Buranovskiye Babushki
- Cezar
Verka Serduchka
Regressemos a 2007, quando Verka Serduchka, a verdadeira personificação do espírito da Eurovisão, proporcionou às audiências uma montanha-russa de emoções, que começou em confusão e acabou em espanto. Uma combinação de figurinos brilhantes e ofuscantes, com dançarinos extremamente teatrais e uma letra parcialmente composta por palavras inventadas e sem sentido, criaram uma música que entrou estranhamente no ouvido e se tornou num ícone da Eurovisão.
Scooch
Se por um lado, a participação de Verka em 2007 para a Ucrânia foi claramente uma atuação cómica, é mais difícil aferir se Scooch, a participação do Reino Unido do mesmo ano, era suposto ser irónica ou simplesmente desastrosa. Se considerarmos que o Reino Unido não tem propriamente dado nas vistas na competição nos últimos anos (não esquecendo o notável Jemini que obteve a incrível pontuação de 0 em 2003) sentimo-nos inclinados para a segunda opção.
Durante a atuação, há um intervalo na “cantoria” durante o qual, por algum motivo, um dos membros da banda inicia uma demonstração de segurança, repleta de insinuações e gestos de cariz sexual. Tornou-se desconfortável de assistir, mas isso não impediu que, décadas mais tarde, as pessoas continuassem a cantar o refrão contagiante (desde que não se esqueçam de olhar para o lado quando um dos cantores pergunta: “O senhor deseja algo para chupar?”, enquanto pisca o olho para a câmara).
Lordi
Em 2006, um grupo de Monstros Finlandeses tomou o palco da Eurovisão de assalto e venceu com uma música de heavy metal chamada “Hard Rock Hallelujah” que elevou a fasquia da foleirice ao nível 11, numa escala de 0 a 10.
Quer este tipo de música lhes agradasse, ou não, a singularidade e carisma que transpareciam daquelas máscaras de látex apaixonaram os espectadores. O vocalista veio até a revelar as suas asas de morcego de cabedal no final da atuação, só porque sim!
Buranovskiye Babushki
De seguida, temos as Buranovskiye Babushki (carinhosamente apelidadas de Avozinhas Russas) que foram as representantes da Rússia em 2012. Todos adoramos bolos acabados de fazer, bem como velhinhas queridas e, se está a ver a Eurovisão, provavelmente também adorará música pop. Contudo, a combinação destes três elementos não é algo que conseguíssemos imaginar. As avozinhas russas arrebataram o coração de milhares de pessoas e ninguém terá coragem de lhes dizer que a sua canção não era, no mínimo, espetacular...
Cezar
A atuação de Cezar de ‘It’s My Life’ em 2013 deixou as audiências atordoadas, ao aparecer no palco com um fato vampiresco cravado de joias e uma capa de Drácula com tecido vermelho, da qual emergiam dançarinas. Tal como a sua voz incrivelmente aguda, ele começa a elevar-se no palco ao som de uma batida techno. Apesar de ser difícil assimilar toda esta informação, se colocarmos de lado toda a loucura, a voz de Cezar (embora inesperada numa canção dubstep) é incrível.