O bom, o ruim e o terrível: as melhores e piores séries inspiradas em videogames

Os videogames parecem ter o conteúdo perfeito para adaptações em formato televisivo, já que contam com personagens queridos e consagrados, estruturas narrativas episódicas e fontes quase inesgotáveis de histórias e construções do mundo que servem como inspiração. Ainda que alguns jogos tenham feito essa transição sem problemas, outros tropeçaram, e alguns caíram com as calças arriadas e a cara no chão, para o desgosto dos fãs dos jogos originais.

Na expectativa da iminente série de The Last of Us, que parece estar pronta para explodir nossas cabeças positivamente, vamos analisar alguns universos de videogame que fizeram isso da maneira correta e outros que nos deixaram em choque imaginando o que aconteceu para dar tão errado.

Conteúdo:

1. Halo
2. The Witcher
3. Witcher: Blood Origin
4. Resident Evil
5. Pokémon
6. Arcane: League of Legends

Halo

Uma das maiores, se não a maior franquia de FPS de todos os tempos, com um amplo universo de narrativas de alto risco, construção de um gigantesco mundo de ficção científica, além de um personagem principal de altíssimo nível que manja muito do que está fazendo... Seria possível que uma série baseada em Halo fosse um fracasso?

Bem, aparentemente, a Paramount Plus decidiu colocar a mão no fogo e a resposta foi... sim, era possível. O enredo é fraco, os personagens são completamente sem graça e nem mesmo a trilha sonora impressionou, o que é ainda mais grave quando se leva em consideração que a icônica trilha dos jogos. A série incomodou os fãs ainda mais ao, primeiramente, mostrar o rosto de Master Chief repetidas vezes e, em seguida, ao decidir ir ainda mais fundo e mostrar aos espectadores a bunda dele. Convenhamos, isso foi realmente o fundo do poço.

The Witcher

Os criadores da série The Witcher tinham um material quase interminável à disposição, assim como as expectativas de milhões de fãs fanáticos para satisfazer. E, munidos de respeito pelo material de origem e ao lado do superfã Henry Cavill no papel principal, fizeram um trabalho excelente.

Não é nada que vá conquistar um Oscar, mas a série imprime o tom mais sombrio dos livros e jogos, assim como traz aos fãs toda a ação brutal de caça aos monstros que esperavam, ao mesmo tempo em que lança algumas novidades interessantes à mistura. A mais memorável foi a épica canção “Toss a Coin to your Witcher” (que foi traduzida em português como “Dê um trocado pro seu Bruxo”), à qual fomos brindados no segundo episódio da primeira temporada.

The Witcher: Blood Origin

Com o sucesso e a popularidade da série The Witcher, em 2022, veio a série de 4 episódios que conta uma história anterior à da série original, Blood Origin. Os criadores deste programa viram o que funcionou bem nas duas temporadas da séries originais, atiraram pela janela e dobraram com força tudo o que era uma porcaria: péssimas atuações, diálogos bregas e uma bizarra introdução com Minnie Driver literalmente contando ao público como esta história seria inovadora, única e épica (alerta de spoiler: não é!).

Uma menção especial vai para Lenny Henry por aparecer em ambos os flops da fantasia épica de 2022 (este e os Anéis de Poder, da Amazon).

Resident Evil

A série de videogames Resident Evil nunca teve muita sorte em suas tentativas de invadir os cinemas, com a maioria dos filmes baseados nos jogos sendo criticada por, basicamente, todo o mundo. No ano passado, porém, alguém teve uma ideia brilhante: por que não tentar descobrir como a franquia se sairia no formato de série? A Netflix corajosamente assumiu as rédeas e o resultado foi... mais ou menos o mesmo, se não pior. Ooops!

Os motivos para a decepcionante aceitação da série são razoavelmente comuns: muitas pontas soltas com o material de origem, personagens chatos e mal escritos, e quase nada de novo ou interessante para se falar. Além disso, metade do tempo de tela se passa antes do apocalipse dos zumbis, o que significa que passamos horas e mais horas apenas assistindo à vida cotidiana de uma família americana banal. Sem paciência, irmão!

Pokémon

Pokémon é o jogo que definiu uma geração e, com os jogos e as cartas dominando os playgrounds das escolas primárias em todo o mundo, foi tomada a decisão de lançar ainda mais conteúdo na forma de uma série de anime acompanhando as aventuras de Ash Ketchum em sua jornada a partir da Cidade de Pallet para se tornar um Mestre Pokémon.

A série contava com todos os monstrinhos adoráveis que as crianças já conheciam e amavam, assim como alguns personagens extraordinários na forma de Ash e seus amigos Misty e Brock, bem como, obviamente, a nefasta Equipe Rocket. Ela também elevou Pikachu, um pokémon elétrico de baixo nível, a uma das faces mais reconhecidas do planeta, estabelecendo Pokémon como uma franquia que permanece icônica até os dias atuais.

Arcane: League of Legends

League of Legends pode não parecer o candidato mais provável em uma lista de grandes séries, mas seria uma tolice perder esta adaptação, seja você um fã de LoL ou não. A série apresenta visuais deslumbrantes com um estilo único de animação, uma trilha sonora completamente original com nada menos do que Imagine Dragons, e um conjunto de personagens interessantes com profundidade real e diálogos espetaculares.

Chegando às nossas telas em meio a toda uma avalanche de adaptações desbotadas de jogos, Arcane é um farol brilhante que deverá iluminar o caminho para todas as futuras tentativas de recriar a magia dos videogames para as telas. Mais iguais a esta, por favor!